São Paulo sempre foi um dos meus lugares preferidos do mundo. E por já ter sassaricado tanto por aqui (tô em São Paulo enquanto escrevo isso, pra variar), acho que dá pra dizer que tive uma experiência significativa com hospedagens na cidade – embora nunca seja o suficiente, já que São Paulo tem mais de 200 bairros e não conheci nem 1%.
Segue abaixo, então, pra quem também ama essa cidade e quer se hospedar por lá, umas dicas das 5 melhores regiões para ficar em São Paulo, com base nas experiências que tive.
5 melhores regiões para se hospedar em São Paulo (na minha humilde opinião)
Vamos começar a falar sobre os melhores lugares para se hospedar em SP sem ordem de preferência (até porque seria difícil de decidir):
A Liberdade é boa pra se hospedar em São Paulo?
Na adolescência, eu (e provavelmente todos os outros adolescentes em SP) podia jurar que o melhor lugar para se hospedar em São Paulo era a Liberdade.

E mesmo depois de crescida, ainda acho que a Liberdade é um bom lugar para se hospedar em São Paulo, mesmo se você não for um adolescente de roupa preta ou um otaku.
A Liberdade é uma localização vibrante, com bom custo-benefício, cheia de coisas pra ver e fazer, e principalmente, uma localização prática pra viajantes.
Você vai caminhar no máximo 1 minuto pra achar tudo que precisa – inclusive o metrô, já que tem muita opção de hospedagem próxima ao metrô por lá.

E se hospedar perto do metrô em São Paulo é possivelmente a melhor decisão que você pode tomar na vida (confia, sério). Quer dizer, menos se hospedar próximo à estação da Luz, porque lá dizem que é complicado (como carioca, eu nunca acredito que os lugares sejam tão tensos quanto falam, mas a fama da Luz procede, e é sempre melhor acreditar em quem mora no lugar e avisa).
Em síntese: escolha se hospedar na Liberdade se você amar praticidade, um dia a dia vibrante, cultura oriental, comidinhas asiáticas, pastel e caldo de cana, feirinhas, e bom… se amar gente.
Se não amar, vai ser complicado, porque lá vive entubado de gente, em todos os dias da semana, mas especialmente nos fins de semana e no período que antecede o Natal.
A Liberdade pode deixar pessoas claustrofóbicas desesperadas com o engarrafamento de seres humanos que se forma aos fins de semana nas ruas próximas ao metrô.
Então, se você não tiver problema com lugares sempre muito movimentados, e ainda quiser ver uma seleção dos melhores hotéis e apartamentos pra se hospedar na Liberdade próximos ao metrô, é só checar aqui.
E o que dizer da Bela Cintra pra se hospedar em São Paulo?
Anos depois da minha história de amor com a Liberdade, foi a vez de me apaixonar por uma ruazinha (na verdade uma rua gigante, que muitas vezes é usada como ponto de referência/região em São Paulo): a Bela Cintra.
Eu conheci a Bela Cintra por acaso, quando achei um apartamento com ótimo custo-benefício lá pra aluguel temporário. E desse acaso me apaixonei. Então, já dando spoilers da conclusão desse tópico: definitivamente recomendo se hospedar na Bela Cintra.

Lá você vai caminhar contemplando a rua gostosa, tranquila e arborizada (e plana, o que é significativo em São Paulo), até chegar em alguns passos onde tudo acontece.
A Bela Cintra já é uma das minhas ruas preferidas da cidade inteira (e considerando que São Paulo deve ter 7 bilhões de ruas, isso também é significativo pra caramba), mas a questão aqui é que ela ainda é “vizinha” da Augusta, que deve ser A minha rua preferida. Tudo acontece na Augusta. Tudo você encontra na Augusta (pro bem e pro mal).
A Augusta é possivelmente um dos lugares com mais vida de São Paulo. E agora ainda tem uma “praia paulista” lá, que é o Parque Augusta.
E a Bela Cintra, além de “vizinha da Augusta”, também fica bem pertinho da Avenida Paulista e do metrô (claro, depende da altura e do conceito de “pertinho”).
Mas falar da Bela Cintra é um pouco de “cheat”. Lá é meio que obviamente bom, e eu não precisaria nem te contar que uma rua arborizada e tranquila, que ao mesmo tempo tá a passos da Augusta e da Avenida Paulista é legal.
Em síntese, se você achar uma opção de hospedagem lá com um valor legal: pode reservar que é sucesso. Não vejo absolutamente nenhum defeito na Bela Cintra tirando os preços que podem ser mais puxados (mas que em regra se justificam). Aqui você pode ver algumas opções muito boas.
E como é se hospedar na Consolação?
Se hospedar na Consolação é o sonho de consumo pra quem quer estar próximo a absolutamente tudo, com facilidade de acesso à cidade inteira, e ter uma vida noturna vibrante na porta de casa.
E pode ser um pesadelo pra quem não quer barulho de noite, e correr alguns riscos de furto.
No entanto, não dá pra dizer que a Consolação não é legal. Lá é maneiríssimo. Tudo que você precisa, e o que não precisa mas descobre que queria tem naquele lugar.

Se eu fosse definir um “público alvo” que vai amar se hospedar na Consolação em São Paulo: influencers, moderninhos, skatistas (que têm a Praça Roosevelt e o Vale do Anhangabaú pra se esbaldar), público alternativo e jovem em geral.

Não consigo vislumbrar seu tio Geraldo falando “aaah, que vontade de me mudar pra Consolação depois de me aposentar daqui a 2 anos”, mas os jovenzinhos piram na região (e eu soei exatamente como seu tio Geraldo agora que falei “os jovenzinhos”).
E falando no seu tio Geraldo… qual seria esse bairro em que ele sonharia morar depois de aposentado?
Como é se hospedar no Butantã em São Paulo: o bairro dos passarinhos cantando de manhã nas árvores
Depois de viver uma história de amor com a Liberdade, me apaixonar pela Bela Cintra, e viver um lance gostoso com a Consolação, conheci o Butantã, e engatei meu terceiro namoro sério com um bairro em São Paulo.
Quer se sentir no meio de uma cidadezinha do interior dentro de São Paulo? Vai pro Butantã. Agora. Pronto. Achou seu lugar.
O Butantã é delicioso pra quem gosta de tranquilidade, ares bucólicos, caminhar pisando em folhas caídas no chão, sentindo e ouvindo o vento (e que vento) balançando as folhas das tantas árvores que te rodeiam, e acordar todo dia com os passarinhos cantando.

Sim, é nesse nível de ouvir “passarinhos cantando toda manhã” como a Branca de Neve. E isso existe. Em São Paulo. E cruzando a Marginal Pinheiros, em poucos minutos, você já tá de volta na “civilização” e no agito da capital. E se você se hospedar perto do metrô Butantã, vai facilitar muito esse processo (e sua vida).
Já se hospedar longe do metrô pode causar aquela sensação de “estou muito afastado/isolado de tudo” que muitas vezes é negativa (especialmente em São Paulo, que é gigante e exige uma facilidade de locomoção por lá, se você não quiser gastar fortuna em uber, ou horas em ônibus).
Sobre o vento, o Butantã também tem a vantagem de você não precisar nunca de uma secadora, porque também é um bairro onde venta tanto, que é só colocar a roupa no varal por 50 minutos que um tufão se encarrega de secar – talvez eu esteja exagerando. Mas vai por mim, lá venta bastante.
Esse nome, Butantã, inclusive, significa “lugar de vento forte” (quer dizer, é uma das interpretações pro nome em tupi, mas eu acredito é nessa interpretação mesmo).
O Butantã também é um bairro ideal pra quem busca bons preços (se você não se incomodar em ficar em kits de 15 m² – mas muitas são bem agradáveis, e se você estiver morando sozinho, não precisa de mais de 15 m² pra viver). Isso acontece porque lá é o bairro dos estudantes da USP, da pós e da graduação, então tem muita oferta de kitnets pra todos (que obviamente chamam de “studio minimalista de 10 m²” pra ficar mais chique).
Então, em síntese, o Butantã é o bairro dos estudantes, do vento, dos passarinhos e do seu tio Geraldo. Um bom lugar pra ficar.
De desvantagem: dizem que tem uma frequência considerável de assalto e sequestro aos estudantes da USP. Na real isso é uma baita desvantagem. Mas pesquise bem a região, a ocorrência disso e fica sempre ligado, que se bobear seu único problema por lá vai ser algum passarinho cantando mais alto do que você gostaria.
Santa Cecília… Santa Cecília (não sei como definir o lugar em palavras, então vou só repetir duas vezes)
Antes de falar da Santa Cecília, eu preciso comentar que acho a questão de ruas/bairros/regiões/subdivisões de bairros em São Paulo meio complicada de entender.
Todo paulista, por excelência, deve ser sabido/sagaz, pra lidar com o tanto de bairro, rua, subdivisão de bairro, região, estação de metrô, linha de metrô e baldeação que faz por lá.
E agora vamos falar da Santa Cecília – e o motivo pra ela me causar confusão mental.
Dê 2 passos pro lado e falam que você tá na Consolação. Vira um pouco o corpo pra direita, e falam que você tá na Vila Buarque. Ao mesmo tempo também falam que você tá no Centro. E na República. E em Higienópolis. Os bairros mudavam a cada passo que eu dava. E eu só falava “Santa Cecília”, porque esse é o nome do metrô que eu mais pegava (mas parece que o metrô “República” também tá incluído nessa região “Santa Cecilier” e “Vila Buarquer”).
Deu pra entender como é difícil de entender?
E como, afinal, é se hospedar na Santa Cecília/Vila Buarque/Consolação em São Paulo?
Eu simplesmente amei a Santa Cecília. Senti que ela é uma Consolação com preços mais justos. Mais residencial, mais simples, menos pretensiosa, mais gostosinha.
E com muita opção do que fazer e onde comer.
A Santa Cecília também me pareceu um pouco menos para “público jovem alternativex” do que a Consolação, embora também tenha um GRANDE (IMENSO) público jovem alternativex que lota o Largo Santa Cecília todos os dias (TODOS!!! TODOS!!! ATÉ SEGUNDA-FEIRA ÀS 23H ELES TÃO LÁ!).

Lá também tem muita (MUITA!!!) opção de onde comer, onde comprar coisas aleatórias por bons preços, mercados, bancos, hospitais (e eu já descobri como isso é importante em estadias em São Paulo), lojas americanas, etc. E seu acesso a absolutamente qualquer lugar da cidade é facilitadíssimo.
Você vai estar próximo da Augusta também. Esse meu amor eterno.
E próximo ao Minhocão, que dá pra caminhar aos domingos, quando fecham a rua.
https://www.instagram.com/p/CW4JmzGJP9o
E tem a feira da Santa Cecília todo domingo, pra se esbaldar comprando 18 bananas a 3 reais e 10 pêssegos a 4 (e foi assim que lotei a geladeira de onde eu tava hospedada com 40 pêssegos).
Dá pra fazer uma dobradinha de domingo, inclusive: Minhocão + Feira. Os dois ficam bem próximos.
De desvantagem, me avisaram que alguns pedaços específicos por lá são bem perigosos (incluindo o do Minhocão, em determinados dias e horários). Mas escolhendo bem o pedaço do bairro em que vai ficar, você fica feliz da vida.
No entanto, minha relação com a Santa Cecília e a Vila Buarque foi só um flerte breve – mas que ficou marcado na memória, porque ela pareceu realmente especial. Não evoluiu pra namoro, não deu tempo. Quem sabe um dia.
E você, onde mais ama se hospedar em São Paulo?
Aceito recomendações, sempre, ainda mais quando se trata de SP. Fica à vontade pra enviar nos comentários seus lugares preferidos por lá.
Leia mais sobre São Paulo aqui, e você pode fuçar as fotos que tirei pela cidade aqui. Até o próximo post, e se ainda não tiver decidido sua hospedagem, veja mais opções sensacionais de onde ficar em São Paulo aqui.
