São Paulo sempre foi um dos meus lugares preferidos do mundo.
Quer dizer, nem sempre, porque eu precisei conhecer antes. Mas assim que conheci, virou. E conheci relativamente cedo: foi a primeira viagem que fiz sozinha, quando tinha uns 17 ou 18 anos, e depois disso dá pra dizer que viciei em ir pra SP em toda oportunidade que tinha.
Por já ter sassaricado tanto por aqui (tô em São Paulo enquanto escrevo isso, pra variar), acho que dá pra dizer que tive alguma experiência com hospedagens na cidade – embora nunca seja o suficiente, já que São Paulo tem mais de 200 bairros e tá sempre surpreendendo.
Daí recentemente fui convidada pela mybest Brasil pra recomendar junto com outros convidados sabidos das viagens onde mais gostei de me hospedar, e falei logo de onde? De São Paulo. E fiquei super feliz pelo convite. Clica aqui pra descobrir qual desses tantos cantos foi o meu preferido de todos nessa cidade que amo.
E aproveitando a deixa, vou compartilhar aqui, como presente de Natal, uma dica das 5 regiões preferidas que me hospedei em São Paulo (e pra saber o top 1, tá lá no link). Pode te ajudar muito em uma próxima viagem por lá.
5 melhores regiões para se hospedar em São Paulo (na minha humilde opinião)
Vamos começar a falar sobre os melhores lugares para se hospedar em SP sem ordem de preferência (até porque seria difícil de decidir):
A Liberdade é boa pra se hospedar?
Na adolescência (e acredito que isso vale pra muitos outros adolescentes em SP), meu lugar preferido era a Liberdade. Em boa parte porque aquele lugar teve muita história e significado pra mim (você não pode imaginar – e eu não conseguiria expressar – o quanto, então só acredita).

A Liberdade é uma localização vibrante, com bom custo-benefício, cheia de coisas pra ver e fazer, e principalmente, uma localização prática.
Você caminha no máximo 1 minuto pra achar tudo que precisa – inclusive o metrô, já que tem muita opção de hospedagem próxima ao metrô por lá.
E se hospedar perto do metrô em São Paulo é possivelmente a melhor decisão que você pode tomar na vida (confia… sério). Quer dizer, a menos que seja a estação da Luz, porque lá dizem que é complicado (acho que como carioca eu nunca acho os lugares tão tensos quanto falam, mas é sempre melhor acreditar em quem mora no lugar e avisa).
Mas em síntese: escolha a Liberdade se você amar praticidade, um dia a dia vibrante, cultura oriental, comidinhas asiáticas, pastel e caldo de cana, feirinhas, e bom… se amar gente.
Se não amar, vai ser complicado, porque lá vive entubado de gente, em todos os dias da semana, mas especialmente nos fins de semana e no período que antecede o Natal.
A Liberdade pode deixar pessoas claustrofóbicas desesperadas com o engarrafamento de seres humanos que se forma aos fins de semana nas ruas próximas ao metrô.
Essas fotos tiradas num fim de semana lá talvez deem uma vaga noção.
E procure também estar próximo ao metrô, senão pode não valer tão a pena (essa dica vai valer pra todos os bairros aqui).
E o que dizer da Bela Cintra pra se hospedar?
Anos depois da minha história de amor com a Liberdade, foi a vez de viver um “lance” com a Bela Cintra.
Eu conheci a Bela Cintra por acaso, quando achei um apartamento com ótimo custo-benefício lá pra aluguel temporário. E desse acaso me apaixonei. Então, já dando spoilers da conclusão desse tópico: definitivamente recomendo se hospedar na Bela Cintra.
Lá você vai caminhar contemplando a rua gostosa, tranquila e arborizada (e plana, o que é significativo em São Paulo), até chegar em alguns passos onde tudo acontece.
A Bela Cintra já é uma das minhas ruas preferidas da cidade inteira (e considerando que São Paulo deve ter 7 bilhões de ruas, isso também é significativo pra caramba), mas a questão aqui é que ela ainda é “vizinha” da Augusta, que deve ser A minha rua preferida. Tudo acontece na Augusta. Tudo você encontra na Augusta (pro bem e pro mal).
A Augusta é possivelmente um dos lugares com mais vida de São Paulo. E agora ainda tem uma “praia paulista” lá.
E a Bela Cintra, além de “vizinha da Augusta”, também fica bem pertinho da Avenida Paulista e do metrô (claro, depende da altura e do conceito de “pertinho”).
Mas falar da Bela Cintra é um pouco de “cheat”. Lá é meio que obviamente bom, e eu não precisaria nem te contar que uma rua arborizada e tranquila, que ao mesmo tempo tá a passos da Augusta e da Avenida Paulista é legal.
Em síntese, se você achar uma opção de hospedagem lá com um valor legal: pode pegar que é sucesso. Não vejo absolutamente nenhum defeito na Bela Cintra tirando os preços que podem ser mais puxados (mas que em regra se justificam).
E como é se hospedar na Consolação?
Se hospedar na Consolação é o sonho de consumo pra quem quer estar próximo a absolutamente tudo, com facilidade de acesso à cidade inteira, e ter uma vida noturna vibrante na porta de casa.
E pode ser um pesadelo pra quem não quer pagar uma fortuna que talvez não se justifique (achei os valores lá bem inflacionados), e correr alguns riscos de furto.
No entanto, não dá pra dizer que a Consolação não é legal. Lá é maneiríssimo. Tudo que você precisa, e o que não precisa mas descobre que queria tem naquele lugar.
Se eu fosse definir um “público alvo” que vai amar se hospedar na Consolação em São Paulo: influencers, moderninhos, skatistas (que têm a Praça Roosevelt e o Vale do Anhangabaú pra se esbaldar), público alternativo e jovem em geral.
Não consigo vislumbrar seu tio Geraldo falando “aaah, que vontade de me mudar pra Consolação depois de me aposentar daqui a 2 anos”, mas os jovenzinhos piram na região (e eu soei exatamente como seu tio Geraldo agora que falei “os jovenzinhos”).
E falando no seu tio Geraldo… qual seria esse bairro em que ele sonharia morar depois de aposentado?
Butantã: o bairro dos passarinhos cantando de manhã nas árvores
Depois de viver uma história de amor com a Liberdade, me apaixonar pela Bela Cintra, e viver um lance gostoso com a Consolação, conheci o Butantã, e engatei meu terceiro namoro sério com um bairro em São Paulo.
Quer se sentir no meio de uma cidadezinha do interior dentro de São Paulo? Vai pro Butantã. Agora. Pronto. Achou seu lugar.
O Butantã é delicioso pra quem gosta de tranquilidade, ares bucólicos, caminhar pisando em folhas caídas no chão, sentindo e ouvindo o vento (e que vento) balançando as folhas das tantas árvores que te rodeiam, e acordar todo dia com os passarinhos cantando.
Sim, é nesse nível. E isso existe. Em São Paulo. E cruzando a Marginal Pinheiros, em poucos minutos, você já tá de volta na “civilização” e no agito da capital. E se você se hospedar perto do metrô Butantã, vai facilitar muito esse processo (e sua vida).
Já se hospedar longe do metrô pode causar aquela sensação de “estou muito afastado/isolado de tudo” que muitas vezes é negativa.
Sobre o vento, o Butantã também tem a vantagem de você não precisar nunca de uma secadora, porque também é um bairro onde venta tanto, que é só colocar a roupa no varal por 50 minutos que um tufão se encarrega de secar – Ok, talvez eu esteja exagerando. Mas vai por mim, lá venta bastante.
Esse nome, Butantã, inclusive, significa “lugar de vento forte” (quer dizer, é uma das interpretações pro nome em tupi, mas eu acredito é nessa interpretação mesmo).
O Butantã também é um bairro ideal pra quem busca bons preços (se você não se incomodar em ficar em kits de 15 m² – mas muitas são bem agradáveis, e se você estiver morando sozinho, não precisa de mais de 15 m² pra viver). Isso acontece porque lá é o bairro dos estudantes da USP, da pós e da graduação, então tem muita oferta de kits pra todos.
Então, em síntese, o Butantã é o bairro dos estudantes, do vento, dos passarinhos e do seu tio Geraldo. Um bom lugar.
De desvantagem: dizem que tem uma frequência considerável de assalto e sequestro aos estudantes da USP. Na real isso é uma baita desvantagem. Mas pesquise bem a região, a ocorrência disso e fica sempre ligado, que se bobear seu único problema por lá vai ser algum passarinho cantando mais alto do que você gostaria.
Vila Buarque… Vila Buarque (não sei como definir o lugar em palavras, então vou só repetir duas vezes)
Antes de falar da Vila Buarque, eu preciso comentar que acho a questão de ruas/bairros/regiões/subdivisões de bairros em São Paulo meio complicada de entender.
Costumo dizer que paulista por excelência é sabido/sagaz, pra lidar com o tanto de bairro, rua, subdivisão de bairro, região, estação de metrô, linha de metrô e baldeação que faz por lá.
E agora vamos falar da Vila Buarque – e o motivo pra ela me causar confusão mental.
Dê 2 passos pro lado e falam que você tá na Consolação. Vira um pouco o corpo pra direita, e falam que você tá na Vila Buarque. Ao mesmo tempo também falam que você tá no Centro. E na República. E em Higienópolis. E eu só falava “Santa Cecília”, porque é o nome do metrô que eu mais pegava (mas parece que o metrô “República” também tá incluído nessa região “Vila Buarquer”).
Deu pra entender como é difícil de entender?
E como, afinal, é se hospedar na Vila Buarque em São Paulo?
Eu simplesmente amei a Vila Buarque. Senti que ela é uma Consolação com preços mais justos. Mais residencial, mais simples, menos pretensiosa, mais gostosinha.
E com muita opção do que fazer e onde comer.
A Vila Buarque também me pareceu um pouco menos para “público jovem alternativex”, embora também tenha um GRANDE (IMENSO) público jovem alternativex que lota o Largo Santa Cecília todos os dias (TODOS!!! TODOS!!! ATÉ SEGUNDA-FEIRA ÀS 23H ELES TÃO LÁ!).

Lá também tem muita (MUITA!!!) opção de onde comer, onde comprar coisas aleatórias por bons preços, mercados, bancos, excelentes hospitais (e eu já descobri como isso é importante em estadias em São Paulo), lojas americanas, etc. E seu acesso a absolutamente qualquer lugar da cidade é facilitadíssimo.
Você vai estar próximo da Augusta também. Esse meu amor eterno.
E próximo ao Minhocão, que dá pra caminhar aos domingos, quando fecham a rua.
E tem a feira da Santa Cecília todo domingo, pra se esbaldar comprando 18 bananas a 3 reais e 10 pêssegos a 4 (e foi assim que lotei a geladeira de onde eu tava hospedada com 40 pêssegos).
Dá pra fazer uma dobradinha de domingo, inclusive: Minhocão + Feira. Os dois ficam bem próximos.
De desvantagem, me avisaram que alguns pedaços específicos por lá são bem perigosos (incluindo o do Minhocão, em determinados dias e horários). Mas escolhendo bem o pedaço do bairro em que vai ficar, você fica feliz da vida.
No entanto, minha relação com a Vila Buarque foi só um flerte breve – mas que ficou marcado na memória, porque ela pareceu realmente especial. Não evoluiu pra namoro, não deu tempo. Quem sabe um dia.
E você, onde mais ama se hospedar em São Paulo?
Aceito recomendações, sempre, ainda mais quando se trata de SP. Fica à vontade pra enviar nos comentários seus lugares preferidos por lá (e se um desses que falei é seu preferido também), não esquece de checar o post da mybest Brasil onde falo do meu lugar “top 1”.
Leia mais sobre São Paulo aqui, e você pode fuçar as fotos que tirei pela cidade aqui. Até o próximo post, e Feliz Natal pra quem curte, ou feliz descanso pra quem não curte!