“Se aceite como você é” (ou “a história de uma pessoa que não se aceitou”)

Quando eu tinha uns 12 anos de idade, e era uma garotinha esquisita (hoje tudo melhorou: sou uma adulta esquisita), entrei timidamente na sala de aula de uma escola nova – eu tinha chegado há algumas semanas. Meu coração sempre pulava nesses momentos de entrar em aula, e minha mão com certeza devia estar gelada, como sempre, mesmo que não fosse nada demais. Por diversas razões (e vou falar delas mais pra frente), eu era uma criança extremamente envergonhada, e entrar na sala, na frente de todo mundo (o raio da porta era lá na frente) já me causava essa vergonha.

Mas entre todos os dias de mãos geladas no colégio, esse dia foi mais marcante. Assim que eu entrei, um garotinho levantou da cadeira e gritou:

“E agora, com vocês, a menina mais feia do mundo:

Maria Cristina!”

Por acaso esse é meu nome.

E então todo mundo começou a rir – o que é natural pra crianças – e a concordar.

E eu comecei a sentir meus olhos se enchendo d’água e minha garganta a apertar – o que também é natural pra uma criança – e fiz de cabeça baixa todo o caminho até a cadeira no canto mais isolado possível da sala. 

Pode parecer exagero agora, mas na hora senti que foram uns 3 km de caminhada, na frente de todos. “M*rda de cadeira longe pra c*ralho que não chega nunca” – eu teria pensado, se pensasse em palavrões naquela época. De toda forma, devo ter pensado sim algo como “titica de cadeira longe pra diacho”.

Meu maior medo era de que eu não aguentasse segurar aquele choro preso ali, e começasse a chorar na frente de todo mundo – porque, além de ser uma garota esquisita, eu também era uma criança sensível. Veja bem, eu realmente chorei no final de (mais de um) episódio de Pokémon (não ria). E já depois de crescida, ainda choro. No filme então, quando o Ash morre, putz grila.

Como não chorar naquele final? Me diz

E se as pessoas já estavam me chamando de “menina mais feia do mundo” quando eu cheguei sorrindo na sala, “imagina se me verem chorando“.

Mas bom, voltando ao assunto: fui olhando fixamente pro chão na direção da cadeira mais ao canto da sala, sentei ali, e abaixei a cabeça, como se eu fosse dormir.

Claro que eu não dormi, eu só queria que ninguém mais visse meu rosto.

Até hoje, o superpoder que eu mais gostaria de ter é o da invisibilidade, embora ironicamente hoje eu tenha um blog de viagem (mas o foco é mais nas viagens, então não me sinto tão “vista”), e o blog ainda tenha um instagram em que apareço o tempo todo nas fotos (você pode confirmar isso aqui).

E desde aquele dia, mesmo uma penca de anos depois, eu só sento em cadeiras no canto.

Se bem que, convenhamos, absolutamente todo mundo só gosta da cadeira no canto, porque dá pra se apoiar na parede, geralmente fica mais perto da porta e tudo mais.

E aí hoje eu tive uma epifania. Sobre esse negócio de “se aceite como você é”. E decidi contar ela aqui, até porque agora o 1 viagem, 2 visões também tem toda uma categoria de “desabafos” (se quiser espiar os outros desabafos: aqui).

“Se aceite como você é”

Vou explicar, pra você tentar entender o lado das crianças que me chamaram de feia em coro. Não é que elas eram cruéis, era só que elas não “entendiam” algumas coisas meio diferentes em mim. Ou talvez algumas fossem extremamente bocós mesmo, mas isso a gente nunca vai saber.

Primeiro, elas deviam me achar esquisita porque eu tinha diastema – hoje muito menor, tenho só uma linhazinha de espaço entre meus dentes. Na época, no entanto, era realmente um espaço enorme entre um dente e outro e podia causar algum estranhamento natural pra crianças que nunca viram aquilo.

E aí, se eu sorrisse, algumas diziam “dá pra passar um trem aí por esse túnel entre seus dentes”, olhando metade surpresas e metade enojadas.

Além disso, sempre fui bem pálida, o que – também naturalmente – causa estranhamento em crianças especialmente em Salvador ou no Rio de Janeiro (cresci alternadamente nas duas cidades, e por isso brinco que sou metade carioca e metade baiana – contei um pouco sobre a “infância baiana” aqui em: Dorival Caymmi realmente sentia saudade da Bahia?).

Pra agravar, eu tinha olheiras muito escuras, que acentuavam a palidez, e me faziam parecer o Funéreo de Família Adams – isso não sou eu que estou falando, mas o apelido que recebi na época.

eu, segundo apelidos

E falando em apelidos, também me chamavam de “Faquir” – o que de bônus também já explica que eu era bem magra.

eu também, segundo apelidos

Me definiam como alguém “sem corpo” também, porque, enfim, eu “não tinha corpo”, embora isso seja tão esquisito de se dizer, e eu não sei que corpo gostariam que eu tivesse durante a infância e adolescência, pra que me definissem como alguém “com corpo” – e  eu também não sei por que crianças deveriam ter “corpo” de qualquer maneira que seja.

E eu também era peluda. De uma forma que também enojava algumas pessoas, porque o pelo era muito aparente na pele pálida (lembra?). As pessoas mandavam eu me depilar, desde os… sei lá… 9 anos?

E aí, pra fechar com chave de ouro, vieram as espinhas. Muitas delas, no rosto, costas, ombro. Também recebi o apelido de “Sonic” uma vez (pode rir, admito que foi bem pensado).

eu, novamente. tá f*da (obs: não olhe muito, esse gif me deu tonteira – o que mostra que realmente não sou eu, imagina se eu ia conseguir rodopiar assim)

Esse tanto de espinha no meu rosto e nas minhas costas (que depois descobri que se davam por causas hormonais e etc, e que era isso que causava o tanto de pelo também) fez minha mãe me oferecer a maquiagem dela, pra ajudar a disfarçar.

De fato, era impressionante a diferença de como eu me sentia com ou sem maquiagem. E por conta disso, fui criando o hábito de me maquiar desde uns 13 ou 14 anos. Pode parecer bizarro pra alguns (e muito comum pra outros, já que hoje em dia crianças de 9 dão aula de maquiagem na internet), mas era algo que realmente fazia eu me sentir melhor.

E como era algo que me fazia sentir melhor, eu simplesmente fazia, sem muitos questionamentos se “eu era só uma criança”.

Até porque, justamente pelo fato de que “eu era só uma criança”, eu tinha muito medo de chegar na escola e ser xingada novamente. E eu me sentia muito melhor debaixo daquela fina camadinha de base, mesmo que fosse algo tão sutil externamente (mas que dentro de mim gerava uma coisa tão poderosa).

Ocorre que, independentemente de maquiagem ou de aparência, mesmo depois de crescida e de algumas coisas mudarem (o diastema menor, espinhas menores e, enfim, o crescimento e tudo que ele implica), eu continuei sofrendo uma espécie de “bullying” (na época não tinha esse nome) durante quase toda a vida escolar, porque não era só sobre eu ser feia ou bonita. Era sobre eu ter um comportamento um pouco diferente também.

Talvez por conta de coisas que vivi, ou sei lá, vai que já nasci assim, mas fato é que eu tinha um jeitinho que sempre consideraram “esquisito”. Pra corroborar com a ideia de “esquisitice”: esses dias achei uma carta da minha vó, em que ela contava preocupada pra minha mãe que desde pequena eu falava que queria ser monge ou coisa parecida, e comentava como isso era estranho – mas bom, independentemente do motivo: eu tinha esse jeito aí, que até preocupava avós. Eu era patologicamente tímida e reservada, e sempre me senti não muito pertencente/conectada aos lugares.

Meu rosto também corava e ardia de vergonha facilmente (isso não mudou muito até hoje), minha boca começava a tremer de vergonha quando ia chegando a hora de falar “presente” durante a chamada (isso também não mudou, mas graças a Deus não respondo mais chamadas). E aí eu falava tão baixo, que a professora não ouvia, e eu levava muitas faltas mesmo estando em sala.

Com o tempo eu superei bastante a timidez nesse aspecto. Hoje em dia, olha só: eu falo sem tremer até com minha câmera, como se ela fosse minha amiga mesmo, às vezes até canto com ela, rio com as coisas ridículas que faço com ela, e quando acho que aquilo pode fazer alguém rir também (ou ok, rir é forte, mas se esboçar um sorriso já tá valendo) ainda publico e me exponho (você pode ver uns exemplos aqui).

E por conta de um desinteresse que eu tinha em relacionamentos amorosos – o que deveria ser considerado natural, porque eu era uma criança – e ok, depois eu era uma adolescente mais interessada em jogar video game – também ganhei o apelido de Maria sapatão. Estamos em qual apelido agora? 15º?

Mas bom, de repente, até do meu nome eu tinha vergonha.

Eu era uma pessoa que tinha vergonha dos meus pelos, da minha pele, do meu sorriso, das minhas espinhas, do espaço entre meus dentes, da minha magreza, da minha “falta de corpo” e agora até do meu nome. E eu também tinha vergonha de ter tanta vergonha. E isso entre outras coisas que eu tinha vergonha que não cabem tanto contar. Olha isso, eu tinha vergonha da minha existência.

Mas aí esse texto todo, que já tá enorme, finalmente chega onde eu queria: sobre a quantidade de pessoas (bem intencionadas, cabe ressaltar) que dizem que você tem que “se aceitar como você é”.

E olha só, se você parar pra perceber, eu só me sinto mais serena comigo mesma hoje, porque algumas coisas que me incomodavam mudaram. Eu não aceitei nada.

“Não entendi”

Eu não me aceitei com espinhas, e comecei a usar maquiagem – o que não é o ideal, porque maquiagem agrava oleosidade e espinha e eu deveria tratar. Quando descobri a causa e tratei a causa certa, melhorou.

Mas bom, eu tratei, ou seja, não aceitei elas. O foco é: eu não me aceitei como estava, entende?

Eu não me aceitei com a timidez excessiva e diariamente faço um esforço (que juro que é hercúleo) pra falar mais, me abrir mais, me expor mais, e tem dado certo. Às vezes eu sucumbo à timidez e já deixei de fazer coisas por conta dela (o que sei que é bizarro), mas não sempre. Conforme eu vou conhecendo melhor as pessoas, eu sou até 700% mais extrovertida com elas.

Com a câmera mesmo, eu ajo como se a gente se conhecesse há muito tempo, porque bom, eu conheço minha câmera já há alguns bons anos mesmo (troco pouco de celular). Você pode comprovar como eu não tenho mais vergonha nem de passar vergonha, aqui:

Eu não me aceitei como alguém com vergonha do próprio sorriso (e também não aceitei o diastema tão grande e fechei, embora hoje ache diastema bonito), e a cada dia eu me liberto e sorrio e rio toda vez que quero, sem segurar, e vou tentando, aos poucos, não tampar a boca com a mão, como sempre fiz. Ainda faço, mas tá diminuindo.

Digo mais:  sou bastante risonha, do nível que deve até irritar. Eu vejo graça em tudo mesmo, então eu vou lá e… rio. Consigo rir. Porque não tenho mais esse bloqueio. Uma vez, uma moça no trabalho me apelidou de “risadinha”.

É sério.

Mais um apelido. Não ria.

Ou melhor, ria, é bom.

E bom, essa parte aqui dá certa vergonha de falar, mas talvez possa fazer bastante gente se sentir melhor: eu era uma pessoa que tinha muita vergonha de “não ter seios” (era assim que falavam, embora essa expressão não faça sentido, já que eles estavam lá, só não eram grandes), e eu parei com essa vergonha também, porque hoje sou uma pessoa que percebe que tamanho de seios não faz a menor diferença na vida de ninguém. Não afeta minha saúde, graças a Deus, não me impede de fazer nada, nem de usar qualquer roupa, e é legal também, da sua maneira. Uma maneira legal diferente, e também é legal.

Ou seja: eu não me aceitei como uma pessoa complexada com a “falta de corpo”. Eu mudei aquela pessoa. Eu me tornei uma pessoa que é capaz de olhar pro que há em mim com mais carinho e compreensão – ainda um pouco de vergonha, que talvez seja impossível se desvencilhar de toda, mas um muito mais de carinho.

Eu não me aceitei como alguém que odeia o nome Maria, e hoje eu me apresento como Maria. Olha isso. Tá lá, no instagram, coloquei há pouco tempo, aliás: Maria. Olhando depois, achei até bonito (e agradeço muito à @marielaviaja que me recomendou fazer isso).

E cabe contar, de bônus, que tenho alopecia (é uma condição que faz a pessoa perder cabelo/ficar com ele cada vez mais fino e ralo, até eventualmente ficar calvo ou careca), mas só não tenho vontade de colocar mega hair ou fazer implante ou coisa parecida, porque me transformei em uma pessoa que percebeu que ter pouco seio ou pouco cabelo, novamente, faz tão pouca diferença na minha vida, e eu continuo com saúde mesmo assim.

Mas se me incomodasse profundamente, eu colocaria megahair sim, faria implante sim, usaria peruca sim.

Ou seja: eu não me “aceitaria” de uma forma, se fosse extremamente doloroso pra mim, e se houvesse uma forma saudável e simples de mudar isso – e não muito cara… porque a verdade é que minha condição financeira ainda não me permite pensar tanto em implante nem megahair sem pensar também que dá pra fazer uma viagem ao invés disso… é aquele papo das escolhas, que contei aqui: Precisa ser rico pra viajar? (ou “lista de coisas que quem viaja não costuma fazer”).

E talvez um dia eu use peruca se meu cabelo ficar muito mais falhado, porque sempre quis experimentar peruca cor de rosa ou verde bulbassauro, como já falei aqui:

Enfim, mil mudanças ocorreram em mim, pra que eu me tornasse uma pessoa um pouco mais serena com quem eu sou. Eu não me aceitei coisa nenhuma, entende? Eu me transformei totalmente.

Toda aquela Maria, que sofria desmedidamente por ser quem é (e até por se chamar Maria), eu não aceitei como era, e hoje eu sou a Maria que não sofre tanto mais por ser daquele jeito.

E por isso que, quando eu leio o “se aceite como você é”, direcionado às pessoas com baixa auto-estima, eu penso “pera, talvez seja melhor você mudar, se for te fazer sentir melhor”.

Por que a moça que não gosta do cabelo do jeito que tá, não poderia mudá-lo totalmente se quiser?

E a adolescente que não gosta de alguma mancha na pele, por que não poderia usar maquiagem se isso fizer ela se sentir melhor?

Por que a pessoa que sofre com calvície não poderia fazer implante ou usar uma peruca se ela se sentir melhor, ou o homem grisalho que prefere não ser, não poderia pintar o cabelo?

Por que o moço que não gosta do peso do jeito que tá, não poderia começar com toda sua garra uma dieta saudável, exercícios regulares ou exames pra ver como estão os hormônios e a saúde?

Por que a pessoa que gagueja de timidez não poderia fazer um curso de oratória pra se sentir melhor falando?

Por que a pessoa que sofre com diversos bloqueios sociais não poderia procurar ajuda pra superá-los?

Por que a pessoa que não se sente bem com a vida dela, de forma geral, tem que aceitar aquela situação?

Enfim, quando eu paro pra pensar, a gente não se sente melhor quando a gente “se aceita como é”. Mas sim quando a gente se orgulha de quem é. E se isso implicar você fazer algumas mudanças (inclusive dentro de você), eu diria: faça.

E como não sou guru da felicidade, tanto faz o que eu diria. É só uma sugestão, um desabafo do que foi melhor pra mim (e talvez nem seja melhor pra você).

De toda forma, eu diria esse “faça”. E diria faça, mas sempre colocando sua saúde em primeiro lugar (senão você não vai se orgulhar de si mesmo, se colocar vaidade acima de saúde ou da sua vida, entende? E o foco é você se tornar uma pessoa que se sente bem consigo mesma, não uma pessoa bitolada e sempre mudando tudo porque nunca tá satisfeita) e analisando se isso é realmente algo que você precisa fazer pra se sentir melhor, ou algo que você quer fazer só porque alguém aleatório por aí disse um dia que você deveria ou te zoou.

Até porque, se você fizer mudanças em você só por causa dos outros, você não vai se orgulhar disso, novamente.

E enfim, eu só queria dizer isso (e acabei dizendo um monte de coisa junto).

Não se “aceite” como você é. Se realize como você é. Se sinta sereno com quem você se tornou. E se isso implica uma mudança nas suas travas, uma evolução de comportamento, qualquer transformação que não faça mal à sua saúde ou até uma mudança de cabelo ou uma maquiagem sutil pra ir pro trabalho: faça.

E eu espero que a história faça você se sentir melhor (ou só a ter uma leitura interessante numa madrugada insone ou numa tarde entediante), da mesma forma que me ajudou muito expurgar tudo isso. Obrigada por me ler.

Até o próximo post!


Leia também: 9 “verdades cruéis” sobre o instagram

26 comentários sobre ““Se aceite como você é” (ou “a história de uma pessoa que não se aceitou”)

      1. Dona Mariiiiia,

        Descobri o porquê que gosto tanto da sra! Se a gente sentasse pra tomar um café iríamos passar a tarde (e virar a noite.)
        Se a gente saísse pra beber ia dar PT e chororô, pq cachaça e emoção me fazem chorar 😭.

        Como a sra é linda! 💙

        Curtido por 1 pessoa

      2. Dona Mônica aqui embaixo, quero te responder mas não apareceu o botãozinho de responder, pq acho que você comentou em cima do comentário da Aline hahahaa ❤️🤣 vou mandar um comentário lá embaixo

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    1. Aquele texto que a gente vai lendo com vontade de abraçar a Maria Cristina de 12 anos. Mas o mais importante é como você foi foda de dar um novo significado de “aceite-se como você é” para “seja algo que você possa se orgulhar” e colocar isso no dia a dia. Te achei foda demais, simples assim.

      Curtido por 1 pessoa

    2. Que bom que eu li esse texto!! Sério, obrigada. Me identifiquei bastante com os relatos sobre a timidez e ainda hoje, (mesmo após ter me formado em jornalismo e ter falado muito na frente das pessoas) ainda sou extremamente tímida em várias situações. Ainda fico pensando no “o que vão pensar” e morro de vontade de me libertar disso. A questão não é se aceitar, é evoluir pra se sentir bem. Beijoo

      Curtido por 1 pessoa

      1. Que bom que eu li esse comentário, isso sim! Muito obrigada por ele, tão bom saber que o texto fez alguém se identificar de alguma forma! E é bem isso aí mesmo! Se a gente se sente mal com uma coisa, se “bloqueia” com ela, não deveria “aceitar” e sim tentar mudar (e eventualmente vamos conseguir 🙂)! Obrigada novamente, pela leitura e o comentário gentil!

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  1. Será que o blog, o Insta, a sua câmera companheira, também não fazem parte dessa transformação e serviram (e ainda servem) como uma ferramenta para mandar para longe a teoria do “se aceite como você é”?
    Eita assunto complexo! Profundo! Necessário para hoje, amanhã. Afinal, há “monstrinhos” bem reais que habitam nosso planeta se passando por gente (há até alguns infiltrados na minha família – na sua não???) e que vieram a esse mundo apenas para atormentar pessoas gordas, magras, altas, baixas, com ou sem diastema, apenas por serem diferentes delas. Queria ter como objetivo de vida descobrir os “porquês” disso. Mas acho que essa vida não será suficiente e deve ficar para a(s) próxima(s) vez(es) que voltar para cá…
    No final das contas, toda essa “experiência” (que para alguns são traumas bem pesados) deveria nos transformar em pessoas melhores (que não se conformam, mas que são melhores). Acho (eu muito mais “acho” do que tenho certezas nessa vida) que pelo fato da gente não conseguir enxergar a alma dos outros, apenas a carne, a maldade é muito mais presente do que “almas boas”.
    Sempre esbarrei por aí mais “monstrinhos” do que “almas boas”. Eles começaram a chamar a minha (e acredito que a sua) atenção na sala de aula. A partir do dia em que você os vê pela primeira vez elas eles nunca mais desaparecem… Eles vão pra o trabalho com você (pode ter certeza que se ainda não tentaram “puxar o seu tapete” no trabalho isso ainda irá acontecer), frequentam academias, igrejas, corredores (e filas de caixa) dos supermercados. No trânsito do Rio de Janeiro então, nem se fala… E por incrível que pareça, até na “família” estão infiltrados…
    Confesso que não gasto meio tempo (e nunca gastei) pensando muito nisso. Todas as vezes que fui atacado por esses monstros a reação (de revolta, de indignação ou simplesmente de paralisia) foram inversamente proporcionais ao ataque. Hoje ainda me surpreendo quando isso acontece.
    Mas esses monstrinhos ficam cada vez mais espertos. E descobriram uma nova forma de ataque, eles procuram causar algo muito mais terrível: a decepção… Para isso, ainda procuro uma forma de “remédio”. Mais isso já é outra história… Chega de divagação por hoje!

    Mais uma vez, parabéns pelo texto!!!

    Curtido por 2 pessoas

    1. Boa reflexão você levantou, sobre o blog, a câmera e Instagram, acho que sim! Foi a partir deles que comecei a dar a “cara a tapa”, cada vez mais! 🙂 Muito obrigada pela leitura, o comentário e por compartilhar os pensamentos!!!

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  2. Que baita relato, Maria. 💛 Passei por muitas dessas coisas na infância e também sou tímida até hoje (embora tenha aprendido, assim como você, que sou/somos f*da, independente do que disserem! Hahaha). Foi ótimo me reconhecer nessas palavras e perceber que esse mundão tá cheio de gente que viveu as mesmas situações de formas diferentes – e como cada um faz o seu melhor para “não se aceitar”.

    Curtido por 1 pessoa

  3. Antes de mais nada…sei que você sentava na mesa do canto para poder colar… a propósito, hoje estava assistindo o jogo do botafogo x vasco (pagar os pecados da semana) quando a câmera focou na arquibancada e eu vi uma risonha risonhando…aí pensei “será que é aquela moça delicinha que se perdeu na bolívia?”

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  4. Hoje, quando liguei o computador, apareceu na tela de inicialização uma daquelas imagens randômicas do windows (sempre com paisagens belíssimas de lugares em que você remotamente vai por o pé um dia).
    A imagem da vez era de um parque nacional no Novo México, EUA, chamado White Sands, com umas dunas lindíssimas. Aí, abri o Maps do Google e fui saber mais a respeito e, de fato, o lugar é muito bonito, mas sempre tem aquela coisa de “no Brasil tem um semelhante, só que mais bonito” os Lençóis Maranhenses! Lá fui eu procurar fotos das nossas dunas pra traçar um paralelo de beleza e, nessa busca, vi a imagem de uma loirinha avisando “sobre o que não fazer” na atração brasileira. Bem, o que posso dizer é que além desse post (lógico que eu cliquei em cima), li vários outros e lá se foi minha manhã em doses cavalares de procrastinação. Mas valeu cada minuto as muitas risadas, identificações apreensão das dicas em textos escritos de um jeito muito legal. Você é incrível, mocinha. Deve ser uma pessoa sensacional pra ter como amiga e os seus devem te adorar. Virei fã e já vou seguir lá no Insta.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Caramba, Marcelo, incrível foi você deixando um comentário tão sensacional desses aqui! Provavelmente sua percepção tão gentil e absorção dos textos diz muito mais sobre você do que sobre mim. Que delícia foi ler isso, me fez sorrir pra caramba! Muito obrigada e seja muito bem-vindo aqui e no insta, volte sempre!

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