O primeiro “boa tarde” que a gente ouve em Pernambuco é sempre muito marcante – assim como a primeira mordida em um bolo de rolo. O sotaque dos pernambucanos é único e muito adorável.

Desde o momento em que cheguei e ouvi aquele “d” e “t” mudo cativante, me senti muito acolhida e boba alegre, naquela terrinha de clima quente gostoso.

E não é só o clima que é gostoso, já que Pernambuco tem o doce mais gostoso desse planeta (bolo de rolo, te amo), muito caldinho de feijão servido no copo inglês, bolinho de rabada, tapioca de charque e queijo coalho, além daquele jeitinho gostoso só dos pernambucanos.

Falando nisso…

O melhor de Pernambuco – parte 1: A singularidade

Muita coisa dos pernambucanos é só dos pernambucanos. O caldinho de feijão (ou de camarão) servido no copo inglês que mencionei no parágrafo acima é um bom exemplo.

Aqui no Rio tomar algo quente na praia parece heresia, e todo mundo corre pra água de coco ou o mate mais gelado possível (aproveita e lê: guia de sobrevivência do Rio de Janeiro ou “como identificar um carioca na rua”). Mas lá eles querem o calor em dobro, e tomam caldo bem quente debaixo de 33 graus. Na praia. Na praia!

E não sei dizer quantas expressões existem em Pernambuco que pertencem só a eles. Mas deu pra notar que são muitas, visse.

Voltar pra casa e saber que não vou ver mais aquele mar de um verde tão clarinho e lindo tão cedo, nem ouvir aquele “t” e “d” com frequência, me deixa “aperreada”.

Por falar naquele mar…

O melhor de Pernambuco – parte 2: As praias

Pernambuco é rodeado de praias absolutamente deslumbrantes. Talvez grande parte das praias mais gostosas e bonitas do Brasil estejam concentradas justamente por ali, naquela áreazinha mágica do nordeste.

Não necessariamente em Recife (embora eu tenha achado a orla de Boa viagem e do Pina realmente uma lindeza), mas ainda tem mais praia linda ao redor.

Em trajetos de uns 40 minutos, 1 hora, ou 2 horas e bláu, bate-e-volta em outras cidades ou estados bem próximos, dá pra chegar em paraísos de água muito clara e muito calma, que convidam desesperadamente pra nadar, ver peixinhos coloridos, mergulhar ou só boiar muito mesmo.

Pra melhorar, além da cor linda e calmaria, a água é muito mais morninha do que no sudeste. Às vezes a água chega a estar quente mesmo. Tô sentindo saudade só de escrever.

E o Rio de Janeiro que me perdoe, mas embora nossas paisagens também sejam muito lindas, os nossos coqueiros ficam muito a dever pros coqueiros de Pernambuco (e de todo nordeste), que dão um show a parte. Voltei com vontade de plantar uns coqueiros aqui.

Inclusive fiz esse pedido muito importante sobre os coqueiros do nordeste no instagram – até o momento não atendido:

O melhor de Pernambuco – parte 3: O frevo – e todo tipo de música

Recife é uma capital muito dançante, musical pra caramba.

Aliás, nessa viagem eu me dei conta de quantos artistas icônicos da música brasileira são pernambucanos.

Concluí que o Estado inteiro é um grande exportador de inspiração e de músicas marcantes.

Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Dominguinhos, Reginaldo Rossi, Lenine, Zé do Baião e assim segue infinitamente…

Caminhando pelo Recife antigo, a cada esquina dá vontade de dançar algum ritmo que se revela. Frevo, maracatu, xote, MPB, de tudo.

Se bem que falar de frevo em Pernambuco é chover no molhado. Tem até um Paço do Frevo lá em Recife, bem bacana e que vale a visita (e dão uma aula de frevo lá dentro, aproveita).

Mas a capital (e Pernambuco) é muito mais que isso musicalmente.

O melhor de Pernambuco – parte 3: Uma capital que é a “Veneza brasileira”

Eu discordo desse título. Faz parecer que Recife é só uma “Veneza wannabe”, quando na verdade a cidade tem um encanto muito próprio.

(Aproveita e lê: Os melhores bairros de Recife)

Veneza não tem praias lindíssimas e de água quentinha próximas. E se tivesse, seriam “inutilizáveis” por um longo período: Veneza tem um inverno cruel, enquanto Recife tem um clima quentinho bom o ano quase todo.

(E como eu já cantei nessa paródia…)

(É melhor ir pro Nordeste do que “brincar na neve”)

Veneza não tem um povo tão acolhedor, já que na Europa a galera criou uma turismofobia.

Mas isso não é sobre o que Veneza não tem, e sim sobre o que Recife tem.

Recife tem esse charme próprio, clima bom, muita cor, pessoas bacanas, sotaque adorável, casarios bonitos, prédiozões bonitos, casinhas bonitas (dando um pulinho em Olinda), uma orla urbana linda, músicas bonitas, paraísos de mar azul turquesa e piscinas naturais muito próximos, comida gostosa, o melhor doce do mundo (desculpa, tô ficando repetitiva, mas é que bolo de rolo realmente mexe comigo), história riquíssima e um turbilhão de cultura única.

Então pode ir pra Veneza à vontade, mas coloca Recife (e Pernambuco em geral) na sua “wishlist” de viagens, que vale tão a pena quanto (e ainda sai mais barato e o vôo é muito mais rápido).

Recife não é a “Veneza brasileira”. Recife é Recife, e é sensacional assim.

O clima em Recife

Vou só registrar que, de acordo com um amigo recifense, a cidade tem apenas 2 estações: calor seco e calor molhado (que é a partir de março, quando começa a chover bastante por lá, e vai até agosto. Por sinal, fui em março e confirmei: é “molhado” mesmo. Choveu todo dia).

Então não tem muito erro ir pra lá, nem muito dilema de “o que levar na mala/que roupa usar”. Se levar roupa fresca e um guarda-chuva já tá tudo certo pro ano inteiro.

Saldo Geral de Pernambuco e da capital

Pernambuco é um lugar que apesar das mil qualidades, dá pra resumir em duas: único e gostoso.

Só nesse texto eu acabei falando que o sotaque, os hábitos, as comidas (vou ressaltar o bolo de rolo de novo, porque eu poderia casar com ele), as expressões, as músicas e as praias que se tem por lá são exatamente isso: únicas e gostosas.

Minha viagem pra lá não foi muito planejada, e pra fins nem um pouco turísticos (num próximo post explico por que e como fui parar lá – atualizando: o post “explicando” por que fui parar em Pernambuco saiu, tá aqui), mas acabou sendo uma surpresa deliciosa.

E vai entrar pra lista das viagens preferidas aqui do blog. Aliás, já tá lá, checa aqui, nessa lista de viagens preferidas e lugares que mais amei em toda a minha vida.

E leia também: Onde se hospedar em Recife? 

Como o “vício” em viajar pode te fazer mal (e ferir as pessoas ao seu redor)

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O 1 viagem, 2 visões também tá no facebook, youtube e no instagram (que eu andei floodando de fotos de Pernambuco, aliás), segue lá!

Até o próximo post e fica à vontade nos comentários!